MEC vai dar bolsa a 100 mil alunos do ensino médio
Benefício será estímulo a aluno cursar licenciatura em ciências, área que enfrenta déficit de professores
Bárbara Ferreira Santos - CURITIBA / ENVIADA ESPECIAL
O Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou
nesta terça-feira, dia 6, que o programa para estimular alunos do ensino
médio a cursar licenciatura em ciências deve dar bolsas a 100 mil
estudantes. "Estamos começando com 100 mil alunos do ensino médio. Vamos
dar uma bolsa para estimular a vocação em ciências", disse ele, durante
o Sala Mundo, evento de educação em Curitiba.
As bolsas fazem parte dos esforços para fortalecer o ensino médio,
cujo projeto final deve ser anunciado pelo MEC em breve. Segundo
Mercadante, será oferecida uma bolsa de R$ 150 ao aluno interessado,
além de um professor tutor para acompanhá-lo nos estudos. "Nós damos
bolsas para o aluno que passa em Olimpíadas de Matemática quando ele vai
para a universidade, mas não no ensino médio, e queremos começar a
fazer isso. Vamos dar prioridade para criar uma massa crítica de
professores no futuro." O País tem um déficit de professores nas áreas
de exatas e biológicas.
Mercadante também falou sobre o programa Mais Educação. Segundo ele, a
prioridade do programa, que destina verbas a escolas municipais,
estaduais e federais para criação de jornada integral, será nas matérias
de português, matemática e ciência durante as 7 horas diárias de aulas.
"Não conseguiremos melhorar o nível de nossos alunos se nas horas a
mais de escola oferecermos só esporte, cultura e lazer", afirmou.
Ele afirmou ainda que, apesar de 7,2 milhões de pessoas terem se
inscrito no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), há apenas 1,2 milhão
de vagas no ensino superior. "Esses 6 milhões que não puderem entrar nas
universidades pelo Enem, poderão fazer o ensino técnico e por isso
lançamos o SiSutec (um sistema de Seleção Unificada para cursos
técnicos). As faculdades que tiverem um curso de ciência da computação,
por exemplo, podem oferecer um curso técnico nessa área"
Defendendo o Enem, o ministro afirmou que a prova é hoje o
"vestibular mais transparente do mundo". "Devolvemos todas as provas
para fins pedagógicos, inclusive a redação. Praticamente todos os
vestibulares do mundo não devolvem. Não há vestibular com a
transparência que o Enem tem hoje", afirmou.
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