terça-feira, 28 de abril de 2015

Aluna da Educação de Jovens e Adultos retorna aos estudos aos 42 anos


“Quero chegar à faculdade e estou correndo atrás do que acredito”, revela Neide Silva
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Aluna da EJA conta como decidiu retomar os estudos na maturidade

Muitas pessoas decidem retomar os estudos na maturidade. Mas, se distanciar por muito tempo dos livros pode ser um fator de insegurança. Para outras pessoas, o distanciamento pode ser algo instigante para o retorno. É o caso de alguns alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que decidiram escrever novas histórias.

A aluna Neide Pereira Silva, da E.E João Cavalheiro Salém, localizada no bairro Cumbica, resolveu se debruçar nos livros novamente com 45 anos de idade. Atualmente cursa o último ano do Ensino Médio e já escreve novos sonhos. “Vou terminar agora o 3º ano do Ensino Médio e pretendo chegar a uma faculdade. Fiz o vestibular, passei e estou correndo atrás daquilo que eu acredito, dos meus objetivos”, conta.

Percebendo a disputa acirrada para conquistar um lugar no mercado de trabalho, Neide Silva se apegou  a este desafio. “Hoje o mercado de trabalho está exigente, exige uma formação, uma qualificação profissional. Eu entendo que se a gente não estudar não vai ter um bom salário, além de ter a oportunidade de contribuir para a sociedade”, explica.

Depois deste retorno, ela  já comemora as primeiras conquistas que ocorreram dentro da sua própria casa. Neide Silva diz que conseguiu estabelecer um diálogo com as filhas. “Eu tinha dificuldade de ajudar as minhas filhas nas tarefas da escola, parecia que falávamos em mundos diferentes. Hoje a gente conversa, fala a mesma língua, é muito bom”, conta.

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Aluna da EJA cursa o último ano do Ensino Médio
Foto: A2img / Du Amorim 

“Existe um acordo tácito com relação ao fato de que os adultos necessitam da Matemática em suas ações como consumidores, como cidadãos, como pessoas conscientes e autônomas. Todos lidam com números, medidas, formas, operações; todos leem e interpretam textos e gráficos, vivenciam relações de ordem e de equivalência; todos argumentam e tiram conclusões válidas a partir de proposições verdadeiras, fazem inferências plausíveis a partir de informações parciais ou incertas. Em outras palavras, a ninguém é permitido dispensar o conhecimento da Matemática sem abdicar de seu bem mais precioso: a consciência nas ações.” (Currículo de Matemática do Estado de São Paulo, 2012, p.29)

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